domingo, 9 de junho de 2013

Unidades Estratigráficas

Unidades Estratigráficas

Unidades Estratigráficas consistem em blocos rochosos que servem como referência para estudos estratigráficos.
Podem ser divididos em:

Unidades Objectivas – Unidades que podem ser estudadas através de observações directas.
- Unidades Litostratigráficas
Unidades Abstractas – Temporais. Dentro destas unidades temos:
As unidades biostratigráficas e cronostratigráficas.

Unidades Litostratigráficas
Conjunto de estratos que constituem uma unidade. São constituídos maioritariamente por certos tipos de combinação litológica, ou por apresentaram características litológicas em comum com a finalidade de serem agrupados consoante estas características.  
São divididas em:

Grupo
Formação
Membro
Camada

Grupo – Corresponde a um conjunto de duas ou mais formações, não sendo necessário pertencerem ao mesmo local.

Formação – Constitui um conjunto distinto de camadas de Rochas, agrupadas pelas suas características líticas e posição estratigráfica. Podem ser reconhecidas e mapeadas e podem ser constituídas por 2 ou mais membros. É definida por três termos: A palavra formação, a litologia e o 3º termo será a localidade em que a formação pertence.

Membro – É a unidade listostratigráfica, imediatamente abaixo da formação, fazendo sempre parte desta. Não tem um limite numérico para a sua espessura. É definido por :  membro, litologia e nome da localização geográfica

Camada - É a unidade com menor ranking na hierarquia na caracterização de uma unidade litostratigráfica.


Unidades Biostratigráficas – Conjunto de camadas que contêm tipos específicos de fósseis quer na horizontal quer na vertical.

Cenozonas - Conjunto de camadas em que o conteúdo fossilífero, constitui um conjunto natural, distinguindo-os das camadas adjacentes. Esta unidade biostratigráfica, é útil para ser usada como indicador de ambiente e para o estabelecimento de correlações. Não apresentam grande significado temporal e os seus limites são definidos nos extremos de ocorrência de conjunto característico.

Acrozonas – É uma subdivisão biostratigráfica utilizada para se referir à zona de duração de um táxon .

Zonas de Extinção Vertical – São estruturas que representam os limites de uma zona de amplitude de ocorrência de qualquer unidade taxonométrica .

Zona de Opel – É uma zona definida pelo primeiro ou último acontecimento de um determinado taxón.

Filozona – É um conjunto de estratos que representa o intervalo de tempo correspondente a uma linhagem evolutiva. Têm os seus limites muito próximos dos limites das unidades cronostratigráficas tornando-se assim, o meio mais confiável da correlação biostratigráfica.

Zona de Acne – Num conjunto de estratos, a abundância de um táxon, é relativamente maior ao longo da secção. Está associada a factores ambientais. O seu limite é caracterizado pelas grandes variações na abundância de um ou mais táxon, que caracterizam a zona.

Zona de Intervalo – zona definida e identificada pela primeira e última ocorrência de um dado táxon.

Unidades Cronostratigráficas


Unidades constituídas por um conjunto de estratos que contêm rochas formadas durante um certo intervalo de tempo geológico. Estas unidades são limitadas por superfícies isócronas, encontrando-se hierarquizadas sob uma divisão de tempo geológico.

EONOTEMA
ERATEMA
SISTEMA
SÉRIE
ANDAR

Eonotema e Éon - São as maiores divisões da História da Terraconstituídos por vários Eratemas e Eras.

Eratema e Era – São categorias constituídas por Sistemas e Períodos, correspondem a mudanças no desenvolvimento da Terra.

Sistema e Período – São unidades cronostratigráficas de fácil reconhecimento e usados como referência à escala Global.

Séries – São subdivisões dos sistemas.

Andar – É a unidade base da cronostratigrafia. São conjuntos de estratos que contêm fósseis de idade, que representam um intervalo de tempo.


Bibliografia :

http://estratoblog.blogspot.pt/2010/11/unidades-estratigraficas.html
http://estpal08.blogspot.pt/2008/12/unidades-litostratigrficas.html
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/DIDATICOS/M%20RITA/aula13r.pdf
http://estratigrafiaepaleontologia2010.blogspot.pt/2010/12/unidades-estratigraficas.html

Fósseis e Fossilização

Fósseis e Fossilização

Fósseis – Provém do Latim (Fossilis). São os restos de antigos organismos, ou manifestações de sua actividade, quem ficam relativamente bem preservados. Moldes nas rochas ou em outros fósseis são exemplo desta conservação.

Fossilização
Antes de ser um fóssil, o organismo passa por vários processos, denominados processos de fossilização.
Quando um organismo morre, este é inicialmente decomposto por bactérias e fungos que destroem a matéria orgânica.

Tipos de Fósseis
Existem dois tipos de fósseis:
-Restos
-Vestígios

Restos – Tipo de fóssil que ocorre quando alguma parte do ser vivo é preservada.
Podem ser compostos por: carbonato de cálcio (moluscos), celulose (vegetais
) , Sílica (esponjas)…

Os Restos podem ser preservados de diversas formas:

Preservação total – Quando ocorre a preservação das partes moles do organismo.

 Âmbar – Consiste no endurecimento da resina, que , quando seca , preserva assim o organismo.



Congelamento - Consiste na exposição de um organismo a temperaturas baixas, tornando assim difícil o processo de decomposição.
Por exemplo: O caso dos Mamutes.




Preservação com alteração dos restos esqueléticos


Carbonificação – Quando num processo de decomposição, a maioria dos elementos químicos de um organismo podem ser perdidos permanecendo apenas o carbono. Devido à presença deste elemento, estes fósseis, apresentam uma coloração escura.



Recristalização – Quando durante o processo de fossilização os minerais presentes nas conchas e esqueletos dos organismos, sofrem uma alteração/reajuste, formando assim outros minerais.




 Substituição – Quando um mineral original de um fóssil é substituída por outro.

Preservação sem alteração dos restos esqueléticos
Quando ocorre a preservação das partes duras do organismo, sem alteração.

Incrustação – Quando é formada um envoltório ao redor dos organismos devido a cristalização de um mineral que outrora fora transportado por água.




Permineralização-Quando as cavidades de um organismo são preenchidas por sedimentos que estão ao redor desse organismo, com a ajuda da água.

 



Concreção – Quando um organismos se esta a decompor, este liberta alguns compostos que podem ser atraídos por outros elementos químicos.



Vestígios de Fósseis 

Tipo de fóssil que ocorre, com evidências indirectas dos seres vivos.
Ovos, pegadas, folha, etc.
 


A formação de vestígios, ocorre quando um organismo é depositado e fica a sua impressão. Depois, através de processos químicos, físicos e de preservação, milhares de anos mais tarde, podemos vir a ter um vestígio de fóssil.

Bibliografia

http://www.ufrgs.br/paleodigital/Restos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ssil
http://terrafosseis.blogspot.pt/2012/12/fosseis-de-era-paleozoico.html

A Escala do Tempo Geológico

A Escala do Tempo Geológico

A escala do tempo geológico, representa a linha do tempo desde o presente até à formação da Terra. Está dividido em: Éons, Eras, Períodos, Épocas, Idades.
Estas divisões baseiam-se nos grandes eventos geológicos e mudanças de biodiversidade ao longo do tempo.
Existem dois tipos de datação: A radiométrica absoluta) ou relativa. Através do método radiométrico pode calcular-se o número real de unidade de tempo (anos) decorridos desde a ocorrência de um acontecimento através métodos radioactivos. Os métodos relativos, fixam os acontecimentos numa escala “ antes e depois “. Este método não serve para estabelecer uma duração para acontecimentos geológicos. Este método tem como referência os fósseis de ambiente e de idade, tal como os cinco princípios fundamentais (Continuidade Lateral, sobreposição de estratos, horizontalidade, intersecção e inclusão).

Princípio da Continuidade Lateral – Em diferentes pontos da Terra, pode haver uma sequência estratigráfica mesmo faltando um elemento, por assim dizer, é a correlação entre estratos diferenciados lateralmente.





Princípio da Sobreposição de Estratos - Numa sequência não deformada de estratos, a camada mais recente encontra-se por cima de uma mais antiga.





Princípio da Intersecção – Sempre que um estrato é intersectado por outro, o que intersecta é sempre mais recente.




Princípio da identidade paleontológica – Dois estratos tem a mesma idade se contiverem o mesmo fóssil de idade.





Princípio da Inclusão – Um fragmento incorporado num outro, é mais antigo do que este.

 



Estratigrafia


Estratigrafia

A estratigrafia é o ramo da Geologia que estudo os estratos ou camadas de uma rocha.
Está organizada em unidades mapeadas com base nas suas características com o intuito de estabelecer a ligação de rochas no espaço e tempo para que seja possível fazer a interpretação da história geológica. Vem do Latim (Stratum + grafia ). A Estratigrafia segue principalmente o “ Principio da sobreposição de camadas”.
        O estudo e definições de Estratigrafia, são elaborados pela “ The International comisson on stratigraphy “. Sendo este o maior corpo científico dentro da “ Internacional Union of Geological Sciences “.
 A Estratigrafia está dividida em vários ramos consoante a origem da Rocha:

Litostratigrafia – É a mais antiga das divisões estratigráficas. Estabelece as ligações rochosas com base na sua litologia.
Define a individualização dos blocos rochosos de outros, através da sua litologia. O tamanho dos grãos e a sua composição química, são algumas das propriedades das rochas que podem ser estudados na litostratigrafia.




Biostratigrafia – Como o nome indica, é a divisão da estratigrafia que estuda os vestígios fossilíferos nos blocos rochosos podendo assim fazer a sua correlação. Por exemplo, dois blocos com os mesmos fósseis tipo, são provavelmente da mesma “idade”.



Cronostratigrafia – É a divisão que estuda a idade da rocha com base nos blocos vizinhos. 






Estratigrafia de Sequências – Divide e estabelece a ligação de depósitos sedimentares e discordâncias através de escalas.

Termos fundamentais:

Estratos – Conjunto de rochas sedimentares, que pelas suas características físicas e pelo seu conteúdo fossilífero, se diferenciam uns dos outros. É também uma unidade estratigráfica caracterizada pela sua espessura e pela sua atitude (Direcção e inclinação). Os estratos diferem entre si, pelas diferenças das suas propriedades (composição mineralógica , cor …).




 Estratificação – Conjunto de lâminas paralelas de grãos de diferentes tamanhos e litologia, indicando sucessivas camadas de deposição. A disposição dos sedimentos, é condicionada pela sedimentação. Existem vários agentes de sedimentação, sendo que os mais importantes são: A água e o vento.
Quando a água perde a capacidade de transportar os grãos, estes depositam-se, originando a sedimentação. A posição original dos estratos pode ser alterada pelas forças tectónicas, perdendo a sua horizontalidade.

Fácies - Designa um corpo rochoso caracterizado por uma combinação de propriedades (texturas, estrutura, geometria, conteúdo fossilífero…)

Correlação - Caracterização temporal que tem como objectivo demonstrar a ligação de dois ou mais fenómenos geológicos. Pode ser aplicada a escala local ou global.

Existem vários tipos de correlação:

-Litocorrelaçao
-Biocorrelaçao
-Cronocorrelaçao

bibliografia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia
http://geohistorialx.webnode.pt/

História da Estratigrafia

História da estratigrafia

Desde os tempos muito antigos, que o Homem procurava respostas acerca da origem da Terra e a sua evolução ao longo do tempo, assim como , aprofundar o conhecimento acerca da Natureza dos materiais terrestres e processos dinâmicos que ocorrem à superfície e em profundidade.

Durante séculos houve estudos e desses estudos surgiram varias teorias.
Por exemplo, na China , acreditava-se que a Terra era imutável e eterna, que as suas alterações eram evidencias de que os seus tempos estariam a chegar ao fim.

Um dos principais atrasos do estudo e desenvolvimento dos processos de formação das rochas , foi o facto de ter surgido a ideia de que as rochas teriam sido formadas no inicio da “ criação da Terra “.

Estas teorias só começaram a ser corrigidas quando se passou a dar importância à observação de fosseis.
No início do séc. V AC, Xenophanes, interpretou correctamente as conchas marinhas existentes nas colinas de paros chegando à conclusão que em tempos passados , aquele local esteve coberto de mar.
Esta teoria foi negada na idade média, dizendo-se que este tipo de vestígios, eram o resultados de “ brincadeiras da Natureza”.

Só na renascença e que ideias como “ brincadeiras de Natureza” , começaram a ser metidas de lado. Também na renascença surge Leonardo Da Vinci (séc XIV a XV). Este foi o primeiro a investigar e interpretar  a importância dos fósseis, dando uma explicação mais credível para a presença de conchas no topo dos montes. Da Vinci concluiu que os fosseis eram restos de organismos marinhos contemporâneos da formação das rochas. Desde então, o conhecimento não parou de evoluir.

Apesar da Estratigrafia ser uma ciência relativamente recente ( 1913), já Nicolaus Steno( 1638-1686), tinha dado a definição de estrato : “ Unidade de tempo ou deposito limitado por superfícies horizontais com continuidade lateral”.Steno, também instituiu o “ Principio da Sobreposição dos Estratos” e o “Principio da horizontalidade”.
Giovanni Arduind (1719-1767) distinguiu quatr tipo de materiais que classificou como: Primários (Rochas não estratificadas) secundários ( Rochas estratificadas), Terciários (formadas com restos dos anteriores) e Vulcânicas.
Lehman ( 1719 -1767), usou o “principio da sobreposição de estratos “ , apresentado por  Steno, e deu a sua maior contribuição ao fazer o levantamento das primeiras series estratigráficas.
Conde de Buffon (1707-1788) foi o primeiro cientista a admitir que a Terra teria sofrido alterações de continentes e marés.
Wener (1749-1817), conhecido pelo atraso no programa da geologia, por esta altura, defendia a teoria “Neptunista”. Esta teoria foi de encontro com a teoria “plutonista” de Hutton.
Hutton, médico de formação, foi o primeiro autor a interpretar correctamente a descontinuidade angular.
Mais tarde o Inglês William Smith (1765-1836) fez o levantamento dos primeiros mapas geológicos, tendo provado que em cada grupo de estratos continha um tipo de conteúdo fossilífero característico. – “Princípio da Correlação”

Bibliografia:

http://terrafosseis.blogspot.pt/search?updated-min=2013-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2014-01-01T00:00:00-08:00&max-results=1